Em cenários econômicos marcados por incertezas e alta dos preços, investidores buscam alternativas para manter o poder de compra e ampliar ganhos. As commodities surgem como opção estratégica, combinando proteção e oportunidades de valorização. Neste artigo, você encontrará insights sobre motivos, tendências, escolhas de ativos e táticas para montar uma carteira sólida de matérias-primas.
As commodities representam bens básicos, produzidos em larga escala e utilizados em diversas cadeias produtivas ao redor do mundo. Elas exercem papel fundamental em momentos de inflação, já que sua oferta limitada e demanda crescente tendem a elevar os preços.
Em 2024, o ouro disparou, apresentando valorização de 25% em 2024 e consolidando-se como refúgio em um ambiente de inflação global acima de 6%. Os fundos ligados ao setor de petróleo e gás, como o USO, registraram retornos médios de 12% ao ano, impulsionados pela recuperação do consumo industrial após a pandemia e cortes de produção de grandes produtores.
No agronegócio, safras afetadas por condições climáticas severas elevaram os preços de soja, milho, café e cacau. Enquanto isso, a crescente preocupação ambiental acelerou o mercado de créditos de carbono — os contratos de carbono apresentaram valorização de 40% em 2025, beneficiados pela ampliação das regras de emissões no mercado europeu.
Para abrigar sua exposição às matérias-primas na bolsa, considere setores e papéis com fundamentos sólidos e vantagens competitivas:
Petróleo e gás: Petrobras (PETR4) destaca-se pelo baixo custo de extração, favorecendo margens mesmo em cenários de queda de preços. Vibra Energia (VBBR3) alia operações em combustíveis fósseis a projetos em renováveis, garantindo resiliência.
Siderurgia e metais: Gerdau (GGBR4) mantém-se forte diante da demanda por aço interno e externa, aproveitando expansões em infraestrutura.
Agronegócio: Fundos como AGRO11 expõem o investidor ao desempenho de culturas brasileiras, combinando capitalização de exportações e pagamento de dividendos regulares.
Metais preciosos e digitais: ETFs de ouro físico, prate ETFs de prata e plataformas de ouro digital ampliam o acesso a reservas de valor com liquidez diária.
Embora atrativas, as commodities enfrentam volatilidade intensa. Fatores climáticos, como geadas e secas, podem influenciar drasticamente safras agrícolas, enquanto grandes decisões políticas alteram tarifas e subsídios.
Intervenções regulatórias internacionais e ciclos de alta de juros afetam custos de financiamento e demanda global. No Brasil, a oscilação cambial e incertezas fiscais repercutem diretamente nas margens das empresas exportadoras.
O Ibovespa teve alta de 15,6% em 2025, impulsionado por ações de commodities e bancos. A valorização do real frente ao dólar beneficia companhias exportadoras, aumentando receita em moeda local e resultando em lucros mais robustos.
O mercado de commodities digitais avança com a tokenização de ativos ambientais, democratizando o acesso a créditos de carbono por meio de blockchain. Plataformas oferecem aportes mínimos acessíveis, expandindo a base de investidores.
Além disso, soluções sustentáveis e a digitalização de cadeias produtivas prometem dar origem a novos índices e fundos temáticos, alinhando retorno financeiro e impacto ambiental positivo.
Confira abaixo sugestão de alocação equilibrada para 2025:
Investir em ações de commodities é uma estratégia comprovada para quem busca hedge eficaz contra a inflação e quer surfar megatendências globais. Diversificação, acompanhamento de indicadores e ajuste contínuo de táticas são passos essenciais.
Com o conhecimento adequado e disciplina, você terá à disposição um portfólio capaz de oferecer estabilidade e potencial de valorização, mesmo em cenários adversos. Comece hoje a explorar esse universo e fortaleça sua trajetória financeira.
Referências