Em um mercado volátil, escolher empresas capazes de resistir a crises pode ser a diferença entre manter ou perder patrimônio. Conheça como setores defensivos podem ser aliados na sua estratégia.
Os setores defensivos são compostos por empresas de caráter essencial, cujos produtos e serviços têm demanda constante, independentemente das fases do ciclo econômico.
Em geral, essas empresas apresentam receitas previsíveis e fluxo de caixa estável, além de um alto retorno em dividendos pelos investidores. Nos últimos anos, esse grupo também se destacou por ter um beta menor que 1 e menos volátil, o que reduz o impacto de quedas abruptas no portfólio.
A motivação principal para incluir esses papéis em momentos de instabilidade é a proteção do capital em períodos de incerteza, garantindo menor exposição a cenários de elevação de juros, dólar forte ou crises políticas.
Até dezembro de 2024, o Ibovespa acumulava desempenho negativo de aproximadamente -8% no ano. Nesse cenário, papéis defensivos tornaram-se alternativas atrativas.
O índice P/L projetado para 2025 estava em torno de 8,8x, dois desvios-padrão abaixo da média histórica, enquanto o prêmio de risco acima do IPCA+ alcançava 4,7% ao ano. Esses indicadores reforçaram a tese de cenário de alta de juros permanecer por mais tempo e ajudaram a priorizar empresas com perfil mais robusto.
O mercado brasileiro oferece diversas oportunidades em segmentos que mantêm receita mesmo em fases recessivas. Veja alguns exemplos:
Para construir uma carteira sólida de papéis defensivos, é fundamental avaliar:
Além dos setores tradicionais, surgem alternativas defensivas ligadas a economias verdes e sustentáveis. Agronegócios de baixo carbono, bioeconomia e tecnologias de descarbonização industrial começam a ganhar espaço.
Esses segmentos devem ganhar relevância à medida que políticas públicas e investimentos privados se direcionem para a transição energética. Ter parte da carteira exposta a esses temas pode agregar diversificação e proteção extra.
Apesar da resiliência, esses ativos não estão isentos de riscos:
Manter a carteira atualizada e revisar indicadores-chave é essencial para reduzir surpresas negativas.
Especialistas de grandes bancos e corretoras recomendam aumentar a alocação em setores defensivos em carteiras para 2025, diante de Selic elevada, dólar volátil e menor apetite ao risco global.
Ao priorizar ações que oferecem proteção do capital em períodos de incerteza e pagamentos recorrentes de dividendos, o investidor consegue atravessar momentos difíceis sem abrir mão de bons retornos.
Portanto, monte sua estratégia considerando empresas essenciais, métricas sólidas e visão de longo prazo. Assim, você garante uma base resistente para seu patrimônio, pronto para enfrentar as tempestades do mercado.
Referências