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Cripto e doações: Use Suas Moedas para Causas Sociais

Cripto e doações: Use Suas Moedas para Causas Sociais

13/08/2025 - 08:08
Felipe Moraes
Cripto e doações: Use Suas Moedas para Causas Sociais

Nos últimos anos, as criptomoedas deixaram de ser reservadas ao mercado financeiro tradicional para assumir um papel transformador das criptomoedas em causas sociais. A tecnologia blockchain assegura segurança, rastreabilidade e reduz a dependência de intermediários, ampliando oportunidades para doadores e instituições.

Introdução ao impacto social das criptomoedas

Ao migrar para além das operações de câmbio e investimentos, as moedas digitais começaram a alimentar campanhas solidárias em todo o mundo. Plataformas globais já aceitam doações em Bitcoin, Ethereum e stablecoins, adaptando-se às legislações específicas de cada país.

Essa evolução reflete a confiança crescente na descentralização e na segurança e rastreabilidade garantidas pelo blockchain, fatores que atraem usuários em busca de mais transparência.

Panorama global das doações em criptomoedas

Em nações como os Estados Unidos, ONGs e campanhas políticas já incorporaram ativos digitais em seus sistemas de arrecadação. Organizações como Save the Children e Cruz Vermelha arrecadaram milhões de dólares em Bitcoin e Ethereum, sobretudo em emergências humanitárias.

Estimativas apontam que, globalmente, doações em criptomoedas ultrapassaram centenas de milhões de dólares nos últimos cinco anos. Esses valores refletem não apenas generosidade, mas também a agilidade das transações e a visibilidade imediata dos valores captados.

Inovações no Brasil: Dominó do Bem

No cenário nacional, destaca-se o lançamento da primeira plataforma dedicada exclusivamente a doações em cripto: o Dominó do Bem. A iniciativa conecta doadores e ONGs por meio da rede Polygon, utilizando a stablecoin POL (ex-MATIC), lastreada em USDC.

  • Conta gratuita e integração de carteiras digitais
  • Doações sem taxas ou deduções
  • Operação via Polygon e stablecoin POL (USDC)
  • Transparência total em registros públicos

Os usuários podem filtrar organizações por causa de interesse — educação, saúde, meio ambiente — e acompanhar cada transação em tempo real na blockchain. Esse mecanismo evita fraudes e fortalece a confiança entre doadores e instituições.

Benefícios e diferenciais em relação ao sistema tradicional

  • 100% do valor chega diretamente às ONGs
  • impacto social mensurável em tempo real
  • Maior autonomia para doadores e entidades
  • Redução de intermediários e custos administrativos

Comparado ao sistema bancário convencional, o uso de criptomoedas elimina tarifas de processamento e possibilita microdoações instantâneas, sem barreiras geográficas.

Limitações legais e regulamentação

No Brasil, a doação de criptomoedas em campanhas eleitorais é proibida pelo Tribunal Superior Eleitoral, conforme a Resolução 23.607/2019 e sua atualização em 2024. Apenas transferências bancárias e cheques são permitidos nesse contexto.

Fora do campo eleitoral, a prática é amparada pela Lei nº 14.478/2022, que impõe às empresas de serviços em ativos virtuais a obtenção de autorização junto ao Banco Central e, quando necessário, à CVM. O objetivo é criar um ambiente mais seguro e regulado, com punições severas para fraudes.

Cuidados, compliance e riscos

Embora o blockchain possua mecanismos robustos de rastreamento, é fundamental que ONGs e plataformas implementem auditorias independentes, políticas KYC (Conheça Seu Cliente) e monitoramento de carteiras.

Essas práticas minimizam riscos de lavagem de dinheiro e garantem a idoneidade dos projetos beneficiados, sobretudo em áreas onde a jurisdição financeira pode ser complexa.

Casos de uso e tendências futuras

Além do Dominó do Bem, iniciativas internacionais vêm adotando criptomoedas em respostas a desastres naturais, crises de refugiados e campanhas ambientais. A Cruz Vermelha, por exemplo, arrecadou mais de US$ 10 milhões em Bitcoin durante um grande terremoto, viabilizando ajuda emergencial com rapidez.

No Brasil, as perspectivas são animadoras: com o aperfeiçoamento das plataformas e crescente educação financeira, espera-se que o volume de doações em criptomoedas cresça anualmente de 20% a 30%.

O futuro aponta para a integração de smart contracts que liberam recursos automaticamente ao cumprimento de metas sociais, promovendo ainda mais confiança e eficiência.

Em um mundo cada vez mais conectado, a colaboração entre tecnologia e solidariedade pode redefinir o impacto das doações, tornando-as mais inclusivas, transparentes e eficazes. Com soluções como o Dominó do Bem e a regulamentação bem estruturada, o Brasil avança na vanguarda dessa transformação.

Seja parte dessa revolução: amplie seu alcance solidário e use suas criptomoedas para apoiar quem mais precisa, com total segurança e visibilidade.

Felipe Moraes

Sobre o Autor: Felipe Moraes

Felipe Moraes