Em um cenário econômico em constante transformação, compreender a relação crucial entre juros e ações é essencial para investir com segurança e visão de futuro.
A Taxa Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela orienta todas as outras taxas de juros, servindo como parâmetro para empréstimos, financiamentos e investimentos.
Quando o Copom ajusta a Selic, há um efeito cascata no mercado: o custo do crédito sobe ou desce, impactando diretamente o consumo das famílias, o planejamento das empresas e as expectativas de inflação.
Em dezembro de 2024, a Selic atingiu 12,25% ao ano, superando as expectativas ao subir 1 ponto percentual em vez dos 75 pontos-base previstos. Para 2025, o mercado projeta que a taxa encerre o ciclo de aperto em 11,50%, podendo chegar a 12,50% em junho, caso o cenário fiscal pressione a inflação.
O Ibovespa, principal índice da B3, oscilou em torno de 128 mil pontos no fim de 2024, acumulando queda de mais de 4% no ano. A trajetória da Selic será determinante para o desempenho do mercado de ações em 2025.
O impacto da alta ou baixa da Selic no mercado de ações pode ser explicado por diferentes mecanismos:
Quando a Selic é reduzida, a dinâmica de investimentos muda favoravelmente ao mercado de ações:
Diante do cenário de juros elevados, as expectativas para 2025 indicam um ambiente de retorno atrativo na renda fixa, mas com oportunidades pontuais na Bolsa para investidores mais seletivos.
Analistas recomendam alocar cerca de 60% do portfólio em ativos de renda fixa, devido aos retornos elevados com baixo risco. A parcela em ações deve focar em empresas sólidas, pagadoras de dividendos ou com receita dolarizada e robusta.
Investidores devem monitorar indicadores macroeconômicos, como fiscal e inflação, e ajustar posições conforme novas decisões do Copom e dados de desempenho corporativo.
Embora o ambiente atual seja desafiador para ações, há espaço para ganhos em setores menos impactados pelo custo de crédito, especialmente empresas exportadoras que se beneficiam de um real mais fraco e demanda global.
Referências